POESIAS, CRÔNICAS E RELATOS - OLIMPÍADA DE LINGUA PORTUGUESA







TRABALHOS SELECIONADOS
 PARA A OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA







POESIA: A NOSSA BELA PRAÇA

ALUNA: EMANUELE ZANON - 5º ANO VESP




A NOSSA BELA PRAÇA

Há uma bela praça,
cheia de graça.
E com toda certeza,
esbanja beleza.

Nas árvores,
os passarinhos,
fazem seus ninhos,
e dentro guardam seus ovinhos.

Um parque infantil,
e também juvenil.
Há também um chafariz,
que deixa todo mundo feliz.

A concha acústica,
com sua fonte luminosa,
deixa a cidade orgulhosa.

É por isso que
a praça concordiense
é a mais bela catarinense!



                                                  
                   Crônica de Kelly A. Borges - 8ª Vesp

  Feche os olhos ...e ouça além

Moro em uma bela cidade há catorze anos. Aliás, eu tenho catorze anos. A bela cidade onde moro chama-se Concórdia.
            Nessa cidade tem uma praça. A praça Dogello Goss. Não é a toa que todos os concordienses gostam dela.  É uma praça com arquitetura pitoresca, diferenciada.
.           Eu sempre cultivei o hábito de visitar parques. Ali eu sento e tiro de mim a inquietação, as perturbações. As árvores enormes da nossa praça são as mais verdes. O som do vento nas folhas das árvores dissimula o som dos carros e do ‘progresso’ urbano, que são, muitas vezes, os motivos das nossas inquietações, preocupações.
           A sociedade moderna consumista e competitiva nos priva do contato com a natureza. Ficamos sempre presos dentro de quatro paredes: no trabalho, na escola, na frente da TV, do computador. Essa loucura nos deixa até... deprimidos...
             Foi pensando nisso que me dei conta de que o som das árvores ‘dogelenses’ me deu uma história para contar.
Em uma dessas visitas, eu estava sentada, e triste, fechei meus olhos. Foi quando senti um sopro, quase que palpável, e uma voz que balbuciava coisas incompreensíveis para mim. Aquele sopro tirou de mim toda aquela dor, a tristeza; na verdade, sentimentos ruins. Aqueles sons me trouxeram à mente, todas as boas lembranças, as melhores. Abri meus olhos. O som parou, aquele que provocou a melhor sensação que já senti. A ninguém, além de mim ali.
Você, amigo leitor, decida se acredita ou não em mim. Para mim, tanto faz, você é quem sabe. Mas fica a minha sugestão, saia um pouco de dentro das quatro paredes. Enquanto eu vou à praça, fechar os olhos e simplesmente... Ouvir além.





 
UM VERDE OLHAR
Realeza. Você pode pensar que essa história é sobre uma rainha, um rei, damas e essas coisas...Mas  não, é onde eu nasci;  uma cidade do Paraná.  Apesar de que com quatro anos de idade, eu vim para Concórdia, que tem um rico dum nome também.
Concórdia é considerada a cidade do trabalho; por isso, não é de admirar que eu, como muitas crianças do meu tempo, tive que trabalhar muito. Desde pequena, eu já carpia o solo, roçava o mato, plantava e colhia.  Sempre acordava bem cedinho, quando o sol mal despontava, com o frio característico de Concórdia e junto com meus cinco irmãos ia trabalhar na roça. Voltávamos na hora do almoço. A comida era uma delícia, também, pudera!
A escola era muito rígida, qualquer coisa era palmatória na certa. Eu comecei ir à escola somente aos nove anos, sempre com  uma sacola de açúcar, que era  minha mochila. Parei de estudar aos catorze anos, pois naquela época todos pensavam que a mulher não precisava estudar. Devia somente saber passar, lavar e cozinhar. Assim estava pronta para casar. Esse era o objetivo maior da mulher.
Qualquer criança que vive nos dias de hoje pode pensar que eram tempos ruins, mas seria um engano. Eu era muito feliz, junto com meus irmãos e a criançada da vizinhança, brincava com a natureza. Amávamos desbravá-la, subir em árvores, brincar com a terra.  Nossas bonecas eram feitas de  sabugo de milho, nossa diversão era usar folhas de coqueiro para deslizar morro abaixo nos potreiros de gado. Aliás, morro é o que não falta em nossa Concórdia, que tem um relevo bem acidentado.
Hoje, houve grandes mudanças, umas para melhor, outras para pior; não só em minha cidade, mas no mundo todo. O que está bom é que a mulher ganhou seu espaço na sociedade, ganhou mais confiança, evoluiu e é mais independente. Mas, o que me preocupa é que a natureza já não é mais a mesma, não há mais aquele belo verde, como as crianças irão desbravá-lo? Elas ficam fechadas dentro de casa, na frente da TV  e do computador e não têm contato com o que é mais importante, a natureza que Deus criou.
Eu tive uma vida de muito trabalho e rigidez, mas hoje posso dizer que tenho as coisas que necessito,  dignidade para continuar a vida e uma maneira otimista para com a vida. Sabe por quê?
Porque vejo as coisas com um verde olhar. Um olhar de realeza.        

Texto criado por Neuri  Garghetti Júnior 6ª série vespertino– A partir da entrevista feita com Nelsi  Monteiro- 74 anos
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